<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d1683737356227611907\x26blogName\x3drulote\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://rulote.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://rulote.blogspot.com/\x26vt\x3d3129455334012998656', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ 30.9.10

To keep

«he's kept the high note in the main melody! It always annoys me when they do versions that drop it.»

≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ 29.9.10

Também eu

Durante o último verão, percebi que tenho grandes semelhanças com o polvo Paul, o cefalópode mais famoso na ruidosa fracção de mundo que acompanha cefalópodes. Se eu puder passar grande parte do meu tempo na água, se me derem comida e alguma atenção, também eu me sinto preparado para grandes feitos.

≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ 27.9.10

Vampire Weekend

Certas coisas não podem ser ditas com um pullover rosa pastel às costas.

≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ 23.9.10

Chamam a isso

Aprendi isto num livro da Agustina Bessa-Luís mas a frase é do Musil: «Há pessoas que negam os factos e chamam a isso pensar». Trata-se de um aforismo muito útil, podendo ser utilizado em diversos contextos e com qualquer estilo de roupa, embora seja inegável que um cachecol e uma poltrona conferem, neste e noutros casos, uma maior nobreza ao pensamento. A formulação inicial («há pessoas») tem ainda a vantagem de excluir quem profere a frase (e, com o tom certo, talvez também quem a ouve) do grupo de senhores e senhoras que o Musil pretende alfinetar. E, meus amigos, todos nós sabemos quem são essas pessoas (apesar de não serem as mesmas pessoas para todos nós).

≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ 16.9.10

Balança

Para cada canção com Martin Sheen, há uma canção com Steve McQueen.

≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ 14.9.10

@daniel
© daniel
«Há que varrer toda a porcaria que existe na Federação»

≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ 10.9.10

Foz

Para poder comentar a época 2010/2011 da minha equipa com um pouco mais de brilhantismo do que é costume, inspirei-me naquela escola de actores que defende que quem deseja interpretar devidamente um alcoólico crónico deve passar três imprescindíveis meses a conversar com copos de aguardente numa taberna ou, pelo menos, trabalhar alguns sábados numa linha telefónica SOS, conhecendo, «por dentro» (é muito importante não ir fumar lá para fora), uma lista impressionante de sentimentos concretos, prontos a ser convertidos em trejeitos e em movimentos de sobrancelhas que revelem autenticidade e sofrimento. Quem diz alcoólico, diz outro papel qualquer; não resvalem para comparações estapafúrdias por causa deste exemplo. O que interessa aqui é descer ao terreno, e foi o que eu fiz (estou sóbrio, só vejo um Roberto e quero dois). Assim, para servir os leitores com um genuíno entendimento das coisas como elas são - e não apenas folheando páginas de arquivo nos gabinetes onde Freitas Lobo pendura o chapéu - no final do mês de Agosto, visitei as praias e as esplanadas nas quais, há cerca de vinte anos, André Villas-Boas terá, provavelmente, passeado o seu primeiro par de calças Chevignon. Pode parecer-vos pouco para o trabalho que me espera, mas daqui ao infinito é um pulinho.

≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ 3.9.10

My funny Valentine

«So many love songs are breathless with hyperbole, big on euphemism. But this one comes right out and says what's on its mind. "Your looks are laughable / Unphotographable / Yet you're my fav'rite work of art." This is the love song for people excluded by love songs - a fairly large catchment area.»

A fairly large catchment area. Vão por mim: não há nenhuma crítica de música melhor do que esta que Giles Smith escreveu sobre «My Funny Valentine», da dupla Rodgers & Hart, e que faz parte de uma colectânea de textos cheios de saúde, inicialmente publicados numa série do «Independent on Sunday» (também se lê bem à semana, podem continuar) e mais tarde reunidos no livro «Lives of the Great Songs». Ao contrário do que acontece tantas vezes, Giles Smith não se limita a usar os apetitosos apontamentos biográficos dos autores para colorir o seu texto, mas faz deles alavanca para falar de música (boa noite, Ourique), filtrando a nossa atenção para o devido lugar, com um surpreendente e raríssimo engenho.

«No one would be daft enough to risk a rhumba version of "My Funny Valentine". But that doesn't mean the song is set in its ways. The tone is always open to interpretation. Sometimes the tune appears to ring like a nursery rhyme, which is hardly surprising. The melody for the lines "My funny Valentine / Sweet comic Valentine" repeats three notes higher on the lines "Your looks are laughable / Unphotographable"; in other words, "My funny Valentine shares a crucial compositional device with "Three Blind Mice". And yet the song is built around an evenly descending bass-line, and the slight rise of the melody, against the slow fall of the bass can come over you like melancholy. Hart, it might be useful to remember, spent much of his life in despair and died alcoholic. Cutesy ditty or rueful lament? This is the gap the singers step into.»

As versões de «My Funny Valentine» são, como sabemos, mais que muitas. Kim Novak, Miles Davis, Chet Baker, Tony Bennett, Rickie Lee Jones, Ella, ele e milhares de pessoas em bares ou durante o melancólico banho de certas manhãs, cantaram os versos de Hart (falta tão pouco para «Heart») com milhares de pequenas variações, algumas delas, felizmente, nunca registradas em vinil, cassete BASF Ferro Extra ou cd. Não foi o caso de Frank Sinatra, que gravou o tema em 1953 para o álbum «Songs for Young Lovers», apesar de «My Funny Valentine» talvez dispensar o adjectivo «young», mais dado à tal hipérbole e ao eufemismo, quando acompanha sozinho um substantivo tão pesado. Com Sinatra, a canção - assegura Giles Smith - sai do teatro e dirige-se ao nightclub. E diz mais:

«The pace allows Sinatra to work in the half-rhyme of "is your" with "figure" in the line "Is your figure less than Greek?". That is the only ornate poeticism in Hart's lyric - and this from a writer who was regularly lavish. An old joke about Hart runs like this: "Larry Hart can rhyme anything - and does." Here, though, he sat back, turning on the style just once - that triumphant "Unphotographable", where one word unfolds to fill an entire line. There's a crafty rhyme in the lines "Don't change a hair for me / Not if you care for me", but more prominent are the non-rhymes, in which the same words chime quietly together: "My funny Valentine / Sweet comic Valentine" and "Stay little Valentine, stay". They partly explain the song's mutedness, the sense that all is not quite bright in its world. The movie The Fabulous Baker Boys [1989] takes this angle.»

Como vêem, com as citações certas, não é difícil fazer avançar um blogue.

≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ 2.9.10